Contexto Histórico

   A cetamina, um antagonista não competitivo do receptor NMDA, foi sintetizada pela primeira vez em 1962 nos laboratórios Parke-Davis no Michigan pelas mãos de Calvin Stevens, tendo sido patenteada no ano seguinte na Bélgica.
    Em 1970, a cetamina foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) e começou a ser comercializada sob o nome de Ketalar® e Ketaset® para uso humano e animal, respectivamente.
   Rapidamente, a cetamina entrou no mercado de drogas de abuso acompanhada por inúmeros avisos sobre o uso não autorizado deste fármaco em festas e “raves”, sendo muitos os relatos sobre os efeitos alucinogénicos do fármaco. Consequentemente, no final da década, começaram a aparecer vários estudos e publicações na literatura médica sobre o efeito nefasto desta droga para o organismo humano. (4, 5, 6)
      Em 1999, a Drug Enforcement Administration (DEA) emitiu um comunicado a integrar a cetamina na Classe III das substâncias químicas, Controlled Substance Act (CSA), e em 2006 foi proibida e classificada como droga de Classe C. (7)
Actualmente, a cetamina é comercializada em Portugal pela Pfizer sob a forma farmacêutica injectável – Ketalar.(8)